“Kick Me”, novo single de Danny Elfman, ex-líder do saudoso Oingo Boingo, foi lançado no dia 11 de março de 2021 pela ANTI- Records.
Com pouco mais de dois minutos de duração, é uma música agressiva e sem firulas, com uma letra que ao mesmo tempo dispensa e busca a aprovação de seu público.
“Kick Me” é o terceiro single de uma série programada para este ano. Danny Elfman continuará liberando músicas todo décimo primeiro dia do mês. O número 11 sempre teve significado para ele, tanto que o número está até em seu nome: “elf” significa “onze” em alemão. “Eu estava me sentindo particularmente leve durante um dia no verão passado. Decidi escrever essa música para todo mundo que quer colocar algo para tocar para ajudar a brisar e relaxar”, Elfman explica. “Aproveitem!”
Assista ao vídeo da porrada que é a nova música de Danny Elfman, “Kick Me”.
Dirigido por Petros Papahadjopoulos e com animações de Joe Pascale, o vídeo de “Kick Me” apresenta Elfman proferindo sua letra frenética na frente da câmera e utiliza uma fotografia invertida, com muitas imagens disformes e cores. “Esse vídeo é uma afirmação da imagem e, para mim, uma satisfação pessoal de ver uma performance nua e crua de Danny Elfman depois de um longo tempo longe do palco”, Papahadjopoulos comenta sobre o trabalho.
“Kick Me” tem vocais, guitarras e sintetizadores de Danny Elfman, bateria de Josh Freese (The Vandals, Devo, Guns N’ Roses, Nine Inch Nails), guitarra de Warren Fitzgerald (Oingo Boingo, The Vandals, The Offspring, Dweezil Zappa), baixo de Stu Brooks (Dub Trio, Lady gaga, 50 Cent), percussão de Sidney Hopson (LA Philharmonic) e Joe Martone (Hollywood Chamber Orchestra), e cordas do Lyris Quartet (Kraftwerk, Ben Harper).
No mês passado saiu “Love in the Time of Covid”, música em que Elfman conta de uma maneira singular uma história bizarra sobre a saudade da intimidade no mundo socialmente isolado de hoje em dia. O vídeo dessa música apresenta Dæmon Clelland, mais conhecido como Shrek 666 – alterego performático de Sorcha Clelland, artista transgênero da Escócia que sempre usas máscaras e muita maquiagem para se transformar em drag ogra. Elfman também aparece em algumas cenas desse vídeo, que foi dirigido por Sven Gutjahr.
A música recebeu várias críticas positivas:
“Um rock ranzinza, marcado pelas cordas, que soa mais como Queens of the Stone Age do que qualquer um poderia esperar” – Stereogum
“Elfman estabeleceu uma carreira duradoura com suas composições singularmente irreverentes e inusitadas, e esta também é assim” – Rock Cellar Magazine
Em janeiro de 2021 saiu o primeiro da série de singles: “Sorry”. “Movida pela raiva, a faixa bebe em fontes da música industrial e do rock progressivo para criar uma atmosfera desconfortável que fica ainda mais enervante com um vídeo animado por Jesse Kanda”, a Spin publicou. Kanda (Arca, FKA Twigs, Björk) originalmente criou a intricada animação do vídeo como pano de fundo da apresentação dessa música ao vivo no show de Elfman no Coachella Festival em 2020, que acabou sendo adiado.
Nos anos 80, Danny Elfman era mais conhecido por liderar a banda Oingo Boingo, mas sua carreira na indústria cinematográfica hoje supera a fama do passado. Quatro vezes indicado ao Oscar e ganhador de um Grammy, Elfman fez trilhas sonoras para mais de cem filmes: Good Will Hunting (Gênio Indomável), Big Fish (Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas), Men in Black (MIB – Homens de Preto), Milk (Milk – A Voz da Igualdade) – filmes que o levaram à indicação na maior premiação do cinema –, e ainda Edward Scissorhands (Edward Mãos de Tesoura), Batman, The Nightmare Before Christmas (O Estranho Mundo de Jack), Spider-Man (Homem-Aranha), Silver Linings Playbook (O Lado Bom da Vida)… A lista é extensa.
Edição: José Julio do Espirito Santo
Foto: Silvia Grav